Vitalino Pereira dos Santos nasceu no distrito de Ribeira dos Campos, cercanias de Caruaru. Tímido, cordial, católico devoto de Padre Cícero, Vitalino foi festeiro e analfabeto como a maioria das pessoas de sua região, pois as escolas praticamente não existiam naquela época. Seu pai trabalhava na roça e a mãe, era louceira, fazia cerâmica utilitária. Quando criança, ele brincava modelando com as sobras de barro de sua mãe. Por volta dos sete anos, começa a enviar sua produção para a feira.
As cenas cotidianas do homem agreste nordestino são registradas no barro por Vitalino. Descoberto por intelectuais anos mais tarde, Vitalino viaja pelo Brasil e vende suas peças para museus colecionadores do mundo inteiro, mas não conhece a riqueza. Falece de varíola em 1963. Se Mestre Vitalino usava as mãos, com certeza sua mente brilhante fez mais do que confusão. Deixou uma cidade inteira marcada pela cena nordestina registrada em barro e que hoje, por meio de sua herança, sobrevive recriando-se.
" Era mais importante que eu aprendesse a usar minhas mãos que minha cabeça... Na minha terra, as mãos produzem comida e a cabeça só produz confusão”.(Mestre Vitalino)
Trabalho feito em argila pelos alunos da 7ª série 1 e 2, na disciplina de Artes com a professora Marília de Souza, baseados nas obras do artesão Mestre Vitalino.
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